sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Lavra


Lavra
A palavra
eterniza-se grafada
com pena de tinta
perpétua no papel
emoldurado pela emoção

Ela marca
feito cheiro do real
extrai a lágrima
nascida da fonte instantânea
e fértil de cada um

Ela canta
por línguas descansadas
instrumentos afinados
seus sons ao vento
bocas e ouvidos

Ela saltita
em livros dispostos
páginas ricas
sabedoria ao alcance
de todos

Ela concebe
a vida
o existir
o tudo em
oposição ao
nada

Carlos Galeno - Lamparina

Esta é uma homenagem a um amigo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo poema. Um grande abraço a você, Sandra e as crianças. Continuam fazendo muita falta. Esperamos vê-los logo.

"Poderosa é a palavra lavrada, cultivada com verdade e beleza, aquela que brota de solo fértil, como flor de lótus e semente de algodão."